domingo, 21 de outubro de 2012

PRODUÇÃO DA CAIXA DE BRINQUEDOS PELA TURMA 111A DO CURSO NORMAL MÉDIO

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PRODUÇÃO DA CAIXA DE BRINQUEDOS PELA TURMA 111A DO CURSO NORMAL MÉDIO

" Quem tem o afeto como base tem tudo, é das mais poderosas estruturas".
A proposta de trabalho é sustentada na teoria de Wallon e Vygotsky dos quais sou admiradora .
Propus a turma a construçao de uma caixa de brinquedos que contivesse em seu interior 30 brinquedos folclóricos confeccionados com material de sucata, com o objetivo de resgatarmos os brinquedos antigos utilizando a reciclagem. Entre eles: bilboquê ,petecas ,pés de lata ,bolas de meia ,cinco marias,vai e vem, cai não cai, raquetes plásticas,bonecas de pano e bonecos de caixas de leite, carrinhos plásticos, varetas de diversos materias,pião,pipa,chocalhos, trilhas e damas  e etc..
E os trabalhos apresentados foram belíssimos!! No dia da apresentação, pedi que cada um deles se reportasse á sua infância, rebuscando aqueles momentos e aqueles brinquedos que marcaram suas vidas.Foi emocionante! Espero que num futuro próximo, como Educadoras elas façam uso desse recurso pedagógico tão rico que é a emoção ,o lúdico, o brinquedo , a importância do brincar, tornando suas aulas criativas, prazeirosas e repletas de aprendizagem.
Acreditamos numa Educação onde o comprometimento maior seja com o afeto , com a emoção!
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sábado, 20 de outubro de 2012

ESCOLA, CORPO e MOVIMENTO.

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Ao falarmos de corpo e educação é possível que pensemos:
-Mais uma vez vamos ter de ouvir esta conversa de que a Escola só trabalha o intelecto e deixa o corpo de fora. Quem é que não sabe que é preciso respeitar o corpo da criança?
Parece incrível, porém apesar de todos nós sabermos disto, poucas mudanças aconteceram nos últimos tempos. As crianças continuam sendo submetidas a horas de absoluto controle corporal, com algumas oportunidades de movimento monitoradas pelo educador, não só em relação à quantidade de tempo, mas também quanto ao tipo de movimento a ser executado.
É importante que tentemos entender o porquê disto.
Se formos professores bem intencionados, se tentamos sempre estudar mais e saber quais as melhores propostas de educação porque continuamos insistindo em uma prática que sabemos ser ruim para nossos alunos? O que entendemos por educação? Como acreditamos que o ser humano se educa, aprende?
Nos últimos séculos, o pensamento científico passou a ser o grande herói do cenário educacional. Aquilo que era comprovado pelas ciências naturais possuía um valor muito maior do que as afirmações das ciências humanas. O raciocínio torna-se o componente mais importante na relação ensino aprendizagem e, o corpo passa a ser apenas um coadjuvante, um auxiliar que leva e traz a mente aos lugares onde ela precisa estar para aprender. A eles ficam destinadas as atividades que não são consideradas sérias, as brincadeiras e os trabalhos menos nobres, aqueles que dispensam raciocínio e que não são socialmente valorizados. Este foi o modelo que constituiu a formação das Escolas, dos alunos e dos professores nos últimos séculos e que ainda permeia nossa atual concepção de educação. Apesar das mudanças que aconteceram através das diferentes tendências pedagógicas, a escola que temos hoje continua valorizando mais o trabalho mental do que o corporal. Aquela vida ativa onde o diálogo com o mundo, a descoberta, a interação eram feitas de corpo e alma fica interrompida nos portões da escola. Nela não há espaço para isto, pois nesse modelo de escola é preciso controle e imobilidade para que a mente possa aprender. Merleau Ponty nos afirma que nós não temos um corpo, nós somos um corpo e que este dialoga com o mundo através de sua presença nele.
Partindo dessas reflexões percebo o quanto é importante que o professor VIVENCIE seu próprio corpo, perceba-se enquanto ser corpóreo e tente relacionar estas experiências com a de seus alunos para quem sabe melhor entende-los e entender a si próprio.
Maurice Tardif (2001) NOS AFIRMA QUE PROFESSOR SE FAZ PROFESSOR a partir de diferentes fontes de aquisição do saber. Para ele não somente através do ensino formal, de estudar para ser professor nos cursos do magistério ou nas licenciaturas que aprendemos a sê-lo Nos formamos professores também através de nossa experiência enquanto pai, filho ou enquanto aluno. Da aprendizagem que tivemos com nosso antigo professor que amávamos ou detestávamos  dos filmes a que assistimos ou dos livros que lemos. Também contribuem para nossa formação aquelas conversas que temos com nossas colegas também educadoras que muitas vezes nos ajudam resolver problemas de sala de aula com suas próprias experiências. E as nossas experiências docentes? Quando refletidas, pensadas, analisadas não se tornam nosso repertório de ações? A nossa formação é permanente e pessoal, é de todas estas fontes que bebemos para nos fazer educadores. Reflito, então sobre minhas experiências formadoras e quando relembro da infância e da escola os melhores momentos estão relacionados com o aprender de corpo e alma. Lembro do recreio, das correrias, do brinquedo de paralítico, da amarelinha, das cantigas de roda. E em sala de aula os raros momentos em que podíamos levantar caminhar entre as classes, conversar com os colegas para construir algum conhecimento ficaram em minha lembrança. Eles normalmente aconteciam em dias de chuva em que não podíamos sair para a rua e a professora dava atividades recreativas.
Se ela soubesse que talvez tenhamos aprendido mais ali do que no restante do ano...
Surgem também lembranças ruins, mas que com certeza, também me constituem professora: a fila indiana em absoluto silêncio, a terrível vontade de ir ao banheiro e o medo de não aguentar até a hora permitida para isto (quantos coleguinhas passaram pela vergonha de fazer xixi nas calças e ainda serem xingados).
Havia também à vontade de abraçara professora para ver se diminuía a saudade que sentia da minha casa e de minha mãe, e como era gostoso aquele abraço carinhoso cheio de afeto.
Hoje, quando vejo uma nova professora se apresentando na escola para trabalhar, logo a imagino cercada pelos pequenos querendo tocá-la, beijá-la, brincar e rolar com ela, me pergunto se ela estará preparada para esta experiência, se ficará feliz em dividir-se em tantas.
Autores como Lapierre, Aucouturier, Negrini, Falkenbach acreditam que o professor deve participar de vivências corporais para reconstruir seus processos sensórios-emocionais, e a partir delas poder afastar seus fantasmas pessoais, elaborar suas experiências anteriores, adquirir condições de dar seu corpo à criança e permitir que ela inclua sua corporeidade na relação ensino aprendizagem.
Estas vivência s devem e podem ser feitas entre adultos, através de dinâmicas que possibilitem a expressão, movimento, o toque, o diálogo corporal, o resgate do prazer de brincar, do sentir e devem ser seguidas d um momento de verbalização, onde cada um possa falar de suas sensações e dos sentimentos suscitados em cada momento.
O professor deve ser sempre um aluno, estar sempre aprendendo com suas experiências e com as trocas que faz com seus educandos e a partir destas reflexões construir novas práticas docentes.

 ARTIGO EM CONSTRUÇÃO...


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